01.02.12
Vou ser dono de um banco...
segredo_revelado



Ontem , ao ver o Telejornal , fiquei um bocado alarmado ao constatar que a banca nacional está quase tão pobrezinha quanto eu.
Ao que parece , o outrora maior banco privado português , Millennium , viu reduzida a sua capitalização bolsista em vários milhares de milhões de euros , desde a saída do seu fundador Jardim Gonçalves.
Bem , não fujam já , não vou continuar a escrever sobre crise bancária , Troika , FMI ou concertação social. O post de hoje , inspirado pela crise da banca , tem a ver com uma ideia (genial?) que tive para se fazer, sem recurso a pedidos de empréstimo, um banco .
Já sei que alguém mais engraçadinho deve estar a pensar que me refiro a fazer um banco de jardim, mas não é desse tipo de bancos que falo.
Ora, pensem lá comigo , se fazem favor...
Portugal tem visto , nas últimas décadas , a taxa de natalidade a decrescer...Portugal tem visto , nas últimas décadas , o agudizar da crise financeira sentida nos bolsos dos ''tugas''...Portugal tem visto , nas últimas décadas , a nacionalização de bancos , a privatização de bancos e a fusão de bancos.
Junta-se tudo , mistura-se bem...Conclui-se o quê? Devemos apostar na criação de bancos... de esperma!

A criação de bancos de esperma pode ser a salvação do país , quer no aumento da taxa de natalidade , quer na melhoria das condições financeiras de todos aqueles que se tornem accionistas dos ditos bancos de esperma.
Ao contrário de um banco tradicional , a criação de um banco de esperma não requer nenhum investimento financeiro avultado. Quanto muito , e se a pessoa não se ajeitar na recolha de... bem , de capital , requer apenas a ajuda de alguém que dê uma mãozinha nessa tarefa.
Outra vantagem na criação de um banco de esperma é não haver a obrigatoriedade desse banco possuir uma sede financeira situada num qualquer paraíso fiscal. Um banco de esperma , caso não haja uma localização melhor para ele , pode até ser criado no próprio carro do banqueiro. Antes de julgarem a ideia disparatada , façam uso das vossas memórias de adolescente e lembrem-se das histórias, vividas ou ouvidas, que se passaram no banco de trás de alguns carros. A malta era nova , meio desajeitada... os bancos é que sofriam.
Como estamos em tempo de crise e alguns já nem carro próprio têm , há uma outra alternativa , uma alternativa que até é mais ecológica : os bancos de jardim! Caso optem por sediar o vosso banco de esperma num banco de jardim, convém ter noção de alguns riscos associados , como a existência de mirones , dejectos de pássaros no local dos depósitos e , muito importante , a forte possibilidade de vir a ser condenado , não por fraude financeira , mas por atentado ao pudor.
Os mais comodistas , aqueles que julgam que um sofá também pode servir como sede do banco , lembrem-se do factor amortização. Um sofá é , regra geral , uma superfície fofa, uma superfície mole. Ora , que raio de impressão íamos dar ao criar o banco , que se quer sempre firme e hirto a resistir às crises , se a sede do banco fosse num local associado ao relax , comodidade e ''moleza''?! A concorrência até se ia rir de nós.
Por falar em nós , lembrei-me de algo importante : a existência ou não de sócios na criação do banco. Opa , apesar de ser verdade que basta um único investidor para fazer crescer o negócio e criar o banco , é inegável que a existência de um sócio torna tudo muito mais prazeiroso.
Bem , conselhos dados , estratégias delineadas , acho que agora só falta mesmo procurarem um sócio ou uma sócia, fazerem o balanço (de contas , claro) e dar inicio ao vosso próprio banco.

segredo revelado: Desocupação dá nestas ideias!